quinta-feira, 7 de junho de 2007

Mentes Midiatizadas

. A palavra traz à lembrança o mundo globalizado em que se vive, a organização social liberalista que se aceita, inúmeras tecnologias sem as quais o homem já não consegue “existir”. A era tecnológica mudou a concepção de vida, mudou o mundo em seu modo de pensar, construir e educar. Como ensinar crianças que já ouviram falar de tudo, que se tornaram impassíveis diante de tudo?
Segundo dados coletados pela Unicef, 82% das crianças de até 14 anos passa a maior parte do dia vendo televisão. Deste percentual, 31% assiste TV por falta do que fazer, 29% para ter informação, 23% para se divertir, 12% para relaxar e 40/o para não pensar nos problemas. Sintetizando os dados, é possível concluir que, afora os aspectos psicológicos envolvidos, a televisão é hoje um objeto com participação muito im­portante na formação infantil. Longe de essa influência ser benéfica, ela tem trazido diversos problemas ao sistema educacional.

Os efeitos
As crianças de hoje estão sofrendo com um acúmulo de informações na cabeça.Informações que recebem diariamente através das mídias diversas, das novas tecnologias. A mente da criança se condiciona a filtrar esses dados e a apagá-los com mais freqüência do que o esperado. Quando ela assiste a televisão desde muito cedo e indiscriminadamente, aprende a dispensar informações da maneira que acha conveniente. Assim, desenvolve uma forma de raciocínio errônea e a leva para a escola. Na hora de aprender não consegue discernir o que deve lembrar e o que pode esquecer. As crianças se acostumam a dispensar informações. Eles vêem, ouvem, mas não retêm.

Soluções
Não te­mos que ser anti-informação, anti-televisão. Mas temos que ter bem definidos os critérios de seleção, principalmente quando a criança ainda é pequena. Na infância a criança ainda está extremamente receptível às influências dos pais e, por isso mesmo, eles devem exercer sabedoria para filtrar tudo que irão apresentar aos filhos.

Os pais devem estabelecer horários. Limite é palavra fundamental no processo de educação e também deve ser usado com relação à mídia.
“A educação na escola é apenas uma conti­uação daquela que a criança recebe em casa. Por isso, pais e professores devem se unir na luta contra a influência destrutiva da mídia. A mídia criou um ambiente de frieza emocional. As crianças têm à mão os aparatos tecnológicos mais recentes, mas não recebem estabilidade emocional para lidar com todas as descobertas.
Fazê-las se interessar mais por leitura. Ensinar sem o uso excessivo de ferramentas ficcionais ou mesmo mostrar a mídia através de um olhar crítico, são medidas importantes para quebrar os efeitos causados pelos meios de comunicação nas crianças. No entanto, este deve ser um trabalho em equipe. Não importa por onde começar. Temos que trabalhar em união: a família e a escola. Só assim pode haver alguma mudança. Não adianta proibir, precisamos conscientizar.Devemos trabalhar com amor e conscien­tização. Assim poderemos conduzir a criança por um bom caminho e conseguiremos sua cooperação. Famílias e professores comprometidos com verdadeiros valores poderão fazer diferença na educação da nova geração. Aprenderão a usar e a lidar com as inovações tecnológicas sem deixar que elas dominem as mentes infantis.
Bibliografia: Revista Escola Adventista , 1ºsemestre de 2006. Ed Unaspress

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